No Paraná, mais de quatro mil pessoas debatem Redes de Atenção Psicossocial

O I Encontro Nacional de Redes de Atenção Psicossocial (RAPS) ocorreu dias 4, 5 e 6 de dezembro, em Pinhais, Paraná. O evento apresentou um retrato de como estão as redes de atenção psicossocial em todo o Brasil. “Em alguns estados, elas estão mais avançadas, outros apresentam algumas dificuldades”, relatou a conselheira estadual de Saúde Ivarlete França, que representou o CES/RS no encontro. Ela acrescentou que o Rio Grande do Sul, em termos de diversidade e quantidade, “está no estágio intermediário”.

Um dos momentos mais importantes do encontro partiu da base das RAPS, que se organizou e elaborou a “Carta do Paraná”, que reafirma os princípios do SUS, da Reforma Psiquiátrica e da luta anti-manicomial. Também foi aprovada uma moção de repúdio às comunidades terapêuticas. “A moção foi para firmar posição de que estas comunidades não são pontos de atenção dentro da rede”, destacou a conselheira Ivarlete.

A atividade, promovida pelo Ministério da Saúde, por intermédio da Coordenação Nacional de Saúde Mental, em parceria com o governo paranaense, contou com a participação de mais de quatro mil pessoas entre gestores, trabalhadores, usuários de saúde mental e conselheiros de saúde de todo o país. Ivarlete França observou que vários conselheiros manifestaram a importância do controle social na formulação das políticas de saúde mental.