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Publicação: 16/02/2017 às 15:41

Seminário “Resistindo e Construindo a Equidade e a Saúde das Mulheres” reúne cerca de 180 participantes

Seminário ocorreu em Porto Alegre - Foto: Acervo CES/RS
Seminário ocorreu em Porto Alegre - Foto: Acervo CES/RS

 

 

Cerca de 180 pessoas participaram nesta terça-feira (14/2) do Seminário “Resistindo e Construindo a Equidade e a Saúde das Mulheres”, no auditório do Núcleo do Ministério da Saúde, em Porto Alegre. O objetivo foi produzir texto orientador a ser debatido nas plenárias estaduais e municipais e contribuir com o debate nas etapas da 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres.

O evento foi aberto com a declamação do poema “Índia Missioneira”, feita pela ex-deputada estadual e ex-vereadora em Porto Alegre Jussara Cony. Um poema, conforme ela, dedicado a todas as mulheres, de todas as tribos do mundo.

Após, dois painéis deram continuidade aos trabalhos pela manhã: “O processo da construção da 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres”, a cargo da enfermeira Cármen Lúcia Luiz, coordenadora da 2ª CNSMu, e “Análise Situacional da Saúde das Mulheres no Rio Grande do Sul”, com Veralice Gonçalves, analista de sistemas do Ministério da Saúde. A tarde foi reservada para a construção do esboço inicial do Caderno Norteador da 1ª CESMu.

Cármen Luiz destacou o momento histórico difícil do país, marcado por “muitos retrocessos com este governo federal”. Segundo ela, a Emenda Constitucional 95, de dezembro de 2016, “vem para nos tirar direitos”, o que torna a realização da conferência das mulheres fundamental. “Somos nós, mulheres, que morremos por sexismo, machismo e misoginia, temos que ter sempre em vista a opressão de gênero”, disse. Argumentou que as mulheres são silenciadas em muitas frentes, de muitas formas. “Ganhar menos que os homens é uma forma de violência no sistema capitalista”, exemplificou. E provocou: “se não temos valor na sociedade, produzam sem nós. Vamos ver como fica”.

Veralice expôs a situação da saúde das mulheres no Estado, bem como os determinantes econômicos, sociais e ambientais que levam ao seu adoecimento. Ela disse ser necessário usar as informações públicas – abundantes no país – para se conhecer o universo pesquisado.

 

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